quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ressuscite se puder, Luiz Felipe Scolari. O cenário está como você gosta. Tire o título do Corinthians, se for capaz…

reproducao04 Ressuscite se puder, Luiz Felipe Scolari. O cenário está como você gosta. Tire o título do Corinthians, se for capaz...
Ele veio para comandar a redenção.
Acabar com as chacotas, os vexames seguidos.
Só ele, o iluminado, para resgatar o orgulho dos palmeirenses.
O ex-presidente Belluzzo e o ex-vice Gilberto Cipulo fizeram serenata.
Discursaram apaixonadamente.
Ofereceram mais do que poderiam pagar.
E usaram toda chantagem emocional.
Trouxeram Luiz Felipe Scolari para o Palmeiras.
Ele havia acabado de sair do futebol do Uzbequistão.
Depois do ápice como treinador, vencendo a Copa de 2002...
Uma passagem marcante, mas sem títulos, por Portugal.
A derrocada no Chelsea.
O estágio para se esconder e enriquecer no Uzbequistão.
Voltou ao Brasil anunciando que seu sonho era em 2013 assumir uma seleção.
E comandá-la em 2014.
Sua esperança silenciosa sempre foi o retorno ao comando do Brasil.
Estava disposto a passar por cima dos graves problemas de relacionamento com Ricardo Teixeira.
Sua esperança era pavimentar o seu retorno com excentes campanhas com o Palmeiras.
Não haveria erros.
Belluzzo havia prometido uma verdadeira seleção no Palestra Itália.
Felipão salivava.
Palmeiras lembrava Parmalat.
A época em que parecia estar montando times de videogame.
Escolhia o jogador que queria e ele aparecia.
Só que as dívidas palmeirenses e a doença cardíaca de Belluzzo colocaram tudo a perder.
Felipão se viu diante de um elenco fraco.
Limitado, como gostam de classificar os jornalistas, acreditando magoar menos.
E com um péssimo material humano, nada acrescentou ao Palmeiras.
Nem à sua carreira.
Em um ano e meio de trabalho não conseguiu sequer levar o clube à uma final.
Libertadores, então, passou longe.
A diretoria do Palmeiras respira aliviada pelo time não ter sido rebaixado.
Mas quem nasceu para os holofotes não passa desapercebido.
Felipão trabalhou muito e em silêncio para o jogo de ontem.
Contra o clube que o deseja como sonho de consumo, ele tinha de mostrar serviço.
A melhor forma foi, com um elenco mais fraco, ganhar do mais forte.
E tirar o São Paulo da Libertadores.
Levar um enorme prejuízo ao clube de Juvenal Juvêncio.
Era essa a homenagem que desejava prestar.
E conseguiu.
Graças ao esforço do seu time.
E a ajuda enorme de Leão.
O treinador adversário não soube o que fazer para livrar seus jogadores da forte marcação palmeirense.
Estratégia cantada com toda antecedência.
Mas Leão não pode fazer a mais do que a sua competência.
Scolari já ganhou uma moral importante para o final do ano.
Um estímulo para seu último ano de contrato com o Palmeiras.
Mas o destino quis mais.
E está nas suas mãos o sonho de todo torcedor que o adora.
Tirar o Brasileiro das mãos do Corinthians.
O desafio é mais do que estimulante.
Partida marcada para o próximo domingo.
No Pacaembu lotado de corintianos.
Tite tem uma equipe muito mais forte.
O favoritismo é todo preto e branco.
O rival precisa apenas de um empate.
Se Felipão quer voltar de verdade ao cenário.
Voltar a ter uma mínima chance de substituir o inseguro Mano Menezes...
A hora é agora.
O Palmeiras fez tudo o que ele queria.
Despachou Kléber, advogados e assessores que estariam vazando segredos do fraco elenco.
Contratou César Sampaio, seu homem de confiança.
E está juntando duplicatas, empréstimos e moedas para contratar jogadore para 2012.
A hora da resposta.
Mostrar que merece todo o respeito que ainda tem no futebol brasileiro.
Chegou o momento.
Fazer um jogo épico contra o Corinthians.
Derrotar o rival favoritíssimo ao pentacampeonato.
Felipão sorri, desconversa.
Mas sabe que seu destino pode mudar depois de domingo.
Os holofotes estarão todos apontando para ele em caso de vitória.
Por isso que há uma certeza hoje na diretoria do Palmeiras.
Não estão oferecendo premiação em dobro à toa.
Será o dinheiro mais bem investido do ano.
Tirar o título dos corintianos.
A convicção de Tirone que Felipão será Felipão no Pacaembu.
O cenário está montado.
Com tudo contra.
Como ele sempre gostou.
Ressuscite se puder, Luiz Felipe Scolari...

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