segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

4 Razões porque eu não assisti o festival Promessas da Rede Globo.

Por Renato Vargens

"Aleluia! Chegamos lá! Que Bênção, o Brasil todo está vendo a música gospel na tela da Globo. Aha, Uhu, a Globo é nossa! 

Pois é, essas são algumas frases que recebi de irmãos em Cristo sobre o Festival Promessas, promovido pela Rede Globo de Televisão.  Ao contrário destes e de milhares de evangélicos deste país, eu não vejo esse evento com bons olhos. Na verdade, a impressão que tenho sobre este festival é a pior possível. 

Ora, vamos combinar uma coisa? É ingenuidade da nossa parte achar que a Vênus Platinada, resolveu alegremente privilegiar a música evangélica brasileira, não é verdade? É claro que os interesses globais estão bem além dos ritmos e melodias entoadas pelos cantores evangélicos tupiniquins.

Isto posto enumero dentre muitas, pelo menos 04 razões pelas quais eu não assisti o Festival promessas:

1- A motivação da Rede Globo de televisão é exclusivamente financeira. É sabido que os evangélicos são os que menos pirateiam CDS e DVDS. Um publico deste tipo é interessantíssimo, o que contribui para o desejo platinado de adentrar em um mercado tão promissor.

2- A briga com a Record. A Globo nitidamente resolveu polarizar com a Rede Record tentando trazer para o seu lado milhões de evangélicos decepcionados com a TV de Edir Macedo. Na verdade, o objetivo final da emissora carioca é  audiência, dinheiro  e novos negócios além é claro de esvaziar a audiência da concorrente.

3- O famigerado show business evangélico. Os shows evangélicos afrontam o nome de Deus. Em nome de um cristianismo tosco, cantores comercializam a fé fazendo da adoração ao Senhor um grande e bom negócio.

4- A industria do entretenimento gospel. Em nenhum momento nós vemos nas Escrituras qualquer tipo de mandamento ou instrução por parte do Senhor de que a Igreja deveria promover entretenimento. A igreja foi chamada para glorificar a Cristo e pregar o Evangelho da Salvação Eterna. Ao fazer de Deus seu instrumento de lazer e descontração, a igreja peca contra o terceiro mandamento tomando o nome do Senhor em vão.

Pense nisso!

Silas Malafaia é o novo Bozó X O quê glorifica a Deus?


Danilo Fernandes

Vocês se lembram daquele personagem do Chico Anysio que vivia a ostentar um crachá da TV GLOBO para ser respeitado pelas pessoas, ou se aproveitar destas? Era o famoso “Você sabe com quem está falando? Eu trabalho na Globo”. Bozó, um perfeito Zé Ruela, mas GLOBAL.

Pois Malafaia resolveu assumir o papel do personagem. É incrível a capacidade deste cidadão de querer se aproveitar de qualquer brecha para levar alguma vantagem ou conseguir alguma exposição. Para tal, Malafaia não poupa estupidez ou heresia. Este é o caso de sua mais recente polêmica envolvendo o fracasso de público da gravação do Festival Promessas, correndo o risco de o mesmo destino na sua exibição, neste domingo dia 18/12/2011. 

Entre os evangélicos, as opiniões acerca do mesmo estão divididas, ainda mais após o primeiro fracasso. Não vou nem entrar muito neste mérito, já disse o que tinha de dizer sobre este projeto, seja como cristão, apologista e até mesmo como profissional de marketing (neste texto aqui). E, diga-se, nem sequer fui muito efusivo em relação à escolha dos nomes, slogans e tudo o mais o que permeou a claudicante estratégia de “marketing espiritual” atrelada ao evento, o que trucidou qualquer hipótese de alguém, com a mínimo verniz teológico ou bom senso, vir a não se sentir profundamente incomodado com tudo aquilo.



Vamos ser claros: Não tenho nada, nada mesmo, contra a música gospel, os seus cantores, shows e tudo o mais. Ao contrário, sou eclético e até gosto de uns poucos artistas que se enquadram (ou são enquadrados) neste estilo musical. De outros, detesto de dar coceira. Mas sou observador atento do segmento, por dever de profissão. Seja como for, o gosto pessoal é privado. Respeite-se (ainda que com lamento) o gosto alheio. 

Nossa luta não é contra gostos musicais, mas contra potestades eclesiásticas e suas falsas doutrinas... Risos. 

Minha birra é contra é o uso do espiritual no marketing dos produtos e das canções com mensagens descoladas do Evangelho, quando não antagônicas. De resto, observo as coisas como elas são: conteúdo musical à venda. Uns bons, uns ótimos, outros péssimos. Gostar de música gospel, cristã, cristã de raizcristã de caule, etc. não torna ninguém mais crente e desgostar também não. Adoração é outra coisa. 

Voltado ao "Promessas", a Globo falhou ao não buscar interagir com a liderança da igreja na busca de subsídios e apoio ao seu evento. Este é um erro que faz parte do DNA da emissora e é da herança genética do seu fundador, Dr. Roberto Marinho. A TV Globo sofre de uma empáfia que sempre a faz ignorar as instituições da sociedade organizada e partir direto para influenciar o público final. É um resquício da ditadura e do tempo em que a Globo reinava na audiência da massa. Contudo, volta e meia a Globo quebra a sua cara platinada, como foi quando ignorou o eleitorado fluminense na eleição de Brizola, o povo nas Diretas Já, as associações de moradores das comunidades cariocas em inúmeras de suas iniciativas na cidade do Rio de Janeiro, os professores e bombeiros em algumas de suas greves justas, o gosto peculiar do telespectador paulistano (por décadas), o eleitorado de Lula, quando editou de forma criminosa o resumo do debate eleitoral 4que elegeu Collor e por ai vai. 

Silas Malafaia viu uma oportunidade: Apoiar o evento Global e dar mostra de seu poder de fogo para a TV Globo.

É um tipo de dança de acasalamento, destas que fazem os pássaros e peixes. No caso, a ave emplumada é a Globo e Malafaia rebola seu corpicho e sacode suas pulseiras e relógios dourados para agradar o macho alfaMalafaia está atrás de uma cobertura, jornalística. Bem-dito, heim? Risos!

Eu disse que Malafaia viu uma oportunidade, mas não foi visto como tal nem será! A TV Globo sofre de soberba, não de burrice. Colar a sua imagem ao Malafaia, duvido que a emissora o faça. No dia que isto acontecer, além da venda de briba de 900 contos de Cerullo e Malacraia, também veremos, nas madrugadas da Globo: a Polishop, a terceironado brasileirão, o campeonato gaúcho de bocha e as reprises de Perdidos no Espaço e Nacional Kid.

Isto qualquer um vê, menos o camarada Silas, tamanha a sua vontade de ser “Global”. Malafaia não carece apenas de um verniz acetinado e um banho de loja, como foi o caso de Ana Maria Braga, quando deixou de ser sacoleira na TV Record para virar Global, com papagaio e tudo! Para Malafaia, só uma lobotomia seguida de implante de bom senso. O máximo que Malafaia emplaca são umas entrevistas na Globo News (de tarde), uma matéria noticiosa em uma Marcha para Genésio da vida", ou um “esta é sua história” lá no Faustão. Isto pode até ser: “De menino pobre do subúrbio da Penha a cafetão do “altíssimo”. Isto com take de seus olhos marejados e fade para a imagem de seu jato de 12 milhões de dólares decolando ao som da melodia de "Meu Milagre vai chegar". Oh grória meu deuzi!

Mas o que Malafaia disse no twitter?



E, logo na sequência, tomou pancada da galera que não aprovou a sua posição de tiete da Globo, e alegou que este é um evento oportunista é comercial. Ao que, de pronto, Malafaia respondeu no microblog:

“Por algum acaso as editoras, e gravadoras evangélicas não tem interesse comercial? Oramos muito por este momento, e os críticos de plantão falando asneira! Isso é dor de cotovelo! Deus estará sendo louvado em rede nacional!”. 

Gerundismo ungido à parte, o evento é comercial, não tenha dúvidas! E dai? Nada! Evento com patrocinador é sempre comercial. Malafaia está certíssimo. Aliás, como evento comercial, eu mesmo dou o maior apoio... Para outro, claro, um bem conduzido, sem apelações espirituais, talvez até com a oportunidade de proclamação, uma seleção melhor de artistas e, olha que legal: com renda destinada aos necessitados... Enfim, muito mais.... Não esta joça ûber brega

Já as editoras evangélicas, na maioria dos casos, são um negócio comercial, como qualquer outro. Algumas,  muito responsáveis e atentas à qualidade teológica do que publicam fazem a diferença em nossas vidas, outras nem tanto. Ao contrário, provocam estragos.

Mas não poderia ser diferente, é assim mesmo que a banda toca. E é bom que haja lucro para as que publicam coisas boas, pois haverá recursos para investir em boas obras, bons profissionais, tecnologia e tudo o mais que contribua para a qualidade do conteúdo à nossa disposição. 

Contudo, vamos com calma. Fuçinho de porco não é tomada:

- Vender conteúdo cristão de qualidade é uma louvável e santa iniciativa.
- Vender heresias enganadoras, como a confissão positiva é coisa terrível.
- Há muitas editoras que são ministérios, sem fim lucrativos, e também dão sustento a missionários e seminaristas. Outras, objetivam lucro, mas também estão financiando bons projetos e investindo em gente e conteúdo de qualidade e são benção para todos.
- Vender autoajuda, com rótulo de autoajuda é comercio, dá emprego. Maravilha. Compra quem quer, vende quem tem competência. 
- Vender autoajuda, como rótulo espiritual e dizer que é evangelho é falso profetismo. Paulada na moleira. 

- Vender música cristã de qualidade e bibliocentrica é santa iniciativa.
- Vender música gospel de todos os estilos, segundo as tendências e o gosto dos grupos de crentes, e de não crentes, é uma atividade comercial legítima e dá emprego a milhares de músicos cristãos, técnicos, artistas gráficos, etc.
- Vender música gospel cantada por gurus espirituais que se apresentam como pregadores do Evangelho e pregam algo totalmente distinto é lamentável e um grande risco, tanto mais se a gravadora tiver uma reputação a perder e uma imagem a preservar. Não vale a pena colar uma boa imagem institucional a um guru de quarta categoria. Ainda mais quando estes começam a “ministrar” suas doutrinas novaeristas e a praticar rituais estranhos em seus shows. 

Bons profissionais do ramo fonográfico passam ao largo destas tentativas de "divinizar" e espiritualizar produtos musicais. Vamos entender uma coisa: Música é música e cada um gosta do que gosta. Adoração e proclamação são outra coisa. Ministério é uma coisa, carreira musical é outra. Carreira musical é coisa para ser administrada por consultores especializados, gravadoras, etc. Ministério é chamado. Não é meio de vida. E levita... Bom, levita é personagem de ficção evangélica. 

O senhor Malafaia tem todo o direito de apoiar, ou boicotar qualquer evento evangélico.  Cada um decida conforme o Espirito Santo apontar-lhe a conveniência. O que não dá para engolir é se gloriar no fato de que Deus será exaltado em rede nacional. Que mamóm se alegre com isto, pois trocaria a TV Band pela TV Globo e é lucro, mas Deus não depende de rede alguma, nacional, continental ou global para ser qualquer coisa. Deus é!

Deus não é exaltado nestes sonhos de cinderela dos telepastores. Mas Malafaia continua:

“Vamos deixar de ser trouxa! A Bíblia diz que onde pisarmos o lugar será nosso. Vamos assistir o programa. Vamos tomar conta desta “potroca”. Glória a Deus! 

E depois emendou em seu site “A Verdade Gospel” (no caso a dele, risos):

“Será uma hora de louvor e adoração, uma oportunidade escancarada para falar de Cristo. Mas eu queria entender algumas pessoas do meio evangélico que criticam ferozmente o evento da Globo por acharem que há interesses comerciais. Acho que quem pensa assim está precisando ler mais a Bíblia, que enfatiza que importa que o Evangelho seja pregado, seja por escândalo, seja por briga. E quem falou isso foi o apóstolo Paulo, não eu”.

Malafaia já não é mais o mesmo. Sua exejegue está ladeira abaixo. Coisa de botequim mesmo. Deve ser a idade ou o mito do bigode. Mas antes de seguir, pausa para dar uns pulinhos, tomando posse, numa foto de um belo iate recheado com uma varoa de primeiro time... Pronto! Já posso seguir e analisar esta bobajada toda, mas vamos por pontos:

1) Declarações vazias, clichês triunfalistas. Proclamação de uma vitória pela conquista de espaço, pela exibição de poder.

Malafaia acorda! A vitória de Cristo é derrota para o mundo. Não é exibição de audiência! O triunfo de Jesus foi a Cruz! E ele ali ficou só, sem a sua audiência, que se birulitou, como diria o Mussum. Nosso triunfo é poder estar de joelhos aos pés da Cruz. Nossa vitória se deu pela misericórdia Dele em nos resgatar. Fomos salvos para ser a luz do mundo para a Glória do nosso Deus e não para conquistar a programação da TV Globo. Poder por poder, a igreja tem e teve “seus altos lugares corrompidos”, como o Vaticano e todo o seu fausto e nem estes principados glorificam a Deus em nada! Tanto mais este programinha mequetrefe, de meio de tarde, numa emissora tupiniquim! Plim, plim!



Todas estas coisas são permitidas por Deus, servem eventualmente ao Reino, outras vezes O desservem. Ora escandalizam, nos frutos de homens ruins. Outros momentos são usadas para grandes proezas em Deus sustentando o esforço amoroso de uns poucos. Mas, por fim, são todas coisas sob o controle de Deus e independem de audiência. Deus Se basta. Todos os dias o sol nasce e se deita em espetáculos maravilhosos, que acontecem independentemente de haver, ou não uma alma para contemplar a sua beleza e, se há quem veja tais maravilhas e não outras zilhões ocorrendo a cada bilisegundo em todo o universo. Que descansem no infinito Amor do Pai os privilegiados convidados a cada um destes espetáculos. Agradecemos somente Àquele que nos permite participar de tais coisas!


Nós somos meros convidados no Show do Senhor e nos regozijamos Dele e o Senhor ainda nos trata como filhos. Mas o show é para a Glória e gozo Dele, não nossos e, em nada,  Ele depende de nós. Se Deus nos permite assistir ou participar de Sua Obra (sermos usados) é também para a Glória Dele e a nossa gratidão eterna.

Quer assistir ao show gospel da TV Globo, assista. Tem gente boa ali também. Divirta-se, ou não. Vá a praia. Mas tira Cristo desta jogada, pois o triunfo do cristão não é conquistar o mundo com o seu gosto musical, mas levar a mensagem de salvação, o amor pelo próximo, os valores do alto, etc. E, de preferência, calado.

2) Quanto ao Evangelho ser pregado, “seja por escândalo, seja por briga”.

Paulo nunca preconizou uma guerra ao estilo cruzada, um tipo de arrastão de Gizuz ou qualquer forma de imposição brutal das Boas Novas ao mundo . Meu Deus quanta tolice! 

O Evangelho não desce goela abaixo. Nã invade lares pela tela da TV e penetra nas pessoas, segundo a nossa vontade, ou apenas porque estamos assistindo ao programa em posição de sentido gospel, com a mão no coração! Nossa obrigação é pregar (para o) e amar o próximo, deixando o Espirito de Deus fazer a Sua Obra. Música gospel não evangeliza ninguém. Quem consome música gospel e gosta desta já é crente, (ou levita, risos).

O escândalo para o mundo é o testemunho de vida do cristão que enxerga a Cruz e escandaliza os que não conseguem entender a lógica dos dons de Espirito na vida do crente, mesmo diante das lutas do mundo. Aquela lógica que nos faz sair do conforto de nossas casas para pregar o evangelho aos aflitos nos confins da terra, acolher os que necessitam, amar os quem ninguém ama, desatar laços carnais em prol dos objetivos do Reino, glorificar e agradecer a Deus na desgraça. Sim! Na desgraça, principalmente. 

Citando Paulo, corretamente e apropriadamente:

Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus. E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Filipenses 1:10-18 


Por acaso aqui há quem entenda que Paulo está a exortar a outros que preguem o Evangelho com fingimento? Claro que não! Fora do contexto o significado é um. Mas quando lemos o capítulo todo, verificamos que o São Paulo está falando das consequências de sua prisão na motivação dos seus discípulos a proclamar o Evangelho. Alguns, pregam com cautela e contenção por temer eventuais retaliações contra a vida de Paulo, outros o fazem por medo e na defesa de sua própria segurança; outros, ainda, pregam com coragem e ousadia, pois sabem que a morte para São Paulo é lucro e a prisão dele é parte dos planos de Deus. Já outros, pregam porque ambicionam a posição de poder disponível com a sua ausência forçada. São fingidos e ardilosos. Mas, no fim das contas, a prisão e o sofrimento de Paulo servem ao propósito de Cristo e o apóstolo se alegra muito nisto.

Ou seja, meus irmãos: Não é qualquer “evangelho” pregado que glorifica a Deus.

Se o Evangelho for O Verdadeiro, até pouco importa a motivação de quem O prega, pois a carne é a roupa que nos veste e os homens sempre serão irão nos decepcionar. Mas a Mensagem, esta sim, não pode ser outra que não a que foi anunciada por Cristo e os apóstolos e nos chegou para ser proclamada e defendida. Se não for assim, que seja anátema. 


Um programa musical, seja qual for, e com o artista e a música que for, é música e só. De boa qualidade, ou não. Bibliocêntrica, ou não. Própria para ser usada no culto ao Senhor, ou não. Edificante, ou não. É música. Nós não oferecemos música ao Senhor. Nós oferecemos a nossa adoração (com ou sem música) e O louvamos pelo que Ele é e por Suas maravilhosas obras. Nos alegramos no Amor Dele e na Sua misericórdia para conosco. Podemos até cantar sobre o amor que temos por Ele, mas isto não é digno de ser apresentado como louvor. Nosso amor é pequeno, furtivo, egoísta, limitado.

Se cantamos na adoração, há de ser a Verdade. E a Verdade cantada em espirito e em verdade. De coração. Sem hipocrisia, pois do contrário é o que sempre foi: música. Para o chuveiro, para a igreja. Só música.

O Senhor não precisa de nossa audiência a um programa de TV para ser glorificado. As nossas boas obras, para quais fomos chamados e para com as quais o nome do Senhor será Glorificado pelo mundo são outras. O mundo não glorificará o Senhor porque irá ouvir “nosso” estilo de música neste dia 18 de dezembro. Assim como não se glorificou a Deus porque fizemos uma marcha contra a lei A, protestamos contra o livro B, condenamos o comportamento C. 

O mundo não será transformado se for informado acerca dos nossos valores, preferências, gostos, restrições e costumes. Isto tudo, como disse o Mark Hall, da banda Casting Crowns (tá vendo, tem gente boa!), em vídeo recentemente publicado neste site, o mundo está careca de saber. O que o mundo desconhece é O Amor de Deus e a nossa verdadeira missão neste mundo, o nosso papel de imitadores de Cristo. Pelo primeiro, e por Sua bondade em nos usar, o mundo será transformado e o nome do Senhor será glorificado. 

Quando começarmos a pregar o Evangelho e a construir um mundo mais justo. Ai Deus nos usará. A tela de TV é só mais um grande saleiro. O mundo nos espera. 




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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ressuscite se puder, Luiz Felipe Scolari. O cenário está como você gosta. Tire o título do Corinthians, se for capaz…

reproducao04 Ressuscite se puder, Luiz Felipe Scolari. O cenário está como você gosta. Tire o título do Corinthians, se for capaz...
Ele veio para comandar a redenção.
Acabar com as chacotas, os vexames seguidos.
Só ele, o iluminado, para resgatar o orgulho dos palmeirenses.
O ex-presidente Belluzzo e o ex-vice Gilberto Cipulo fizeram serenata.
Discursaram apaixonadamente.
Ofereceram mais do que poderiam pagar.
E usaram toda chantagem emocional.
Trouxeram Luiz Felipe Scolari para o Palmeiras.
Ele havia acabado de sair do futebol do Uzbequistão.
Depois do ápice como treinador, vencendo a Copa de 2002...
Uma passagem marcante, mas sem títulos, por Portugal.
A derrocada no Chelsea.
O estágio para se esconder e enriquecer no Uzbequistão.
Voltou ao Brasil anunciando que seu sonho era em 2013 assumir uma seleção.
E comandá-la em 2014.
Sua esperança silenciosa sempre foi o retorno ao comando do Brasil.
Estava disposto a passar por cima dos graves problemas de relacionamento com Ricardo Teixeira.
Sua esperança era pavimentar o seu retorno com excentes campanhas com o Palmeiras.
Não haveria erros.
Belluzzo havia prometido uma verdadeira seleção no Palestra Itália.
Felipão salivava.
Palmeiras lembrava Parmalat.
A época em que parecia estar montando times de videogame.
Escolhia o jogador que queria e ele aparecia.
Só que as dívidas palmeirenses e a doença cardíaca de Belluzzo colocaram tudo a perder.
Felipão se viu diante de um elenco fraco.
Limitado, como gostam de classificar os jornalistas, acreditando magoar menos.
E com um péssimo material humano, nada acrescentou ao Palmeiras.
Nem à sua carreira.
Em um ano e meio de trabalho não conseguiu sequer levar o clube à uma final.
Libertadores, então, passou longe.
A diretoria do Palmeiras respira aliviada pelo time não ter sido rebaixado.
Mas quem nasceu para os holofotes não passa desapercebido.
Felipão trabalhou muito e em silêncio para o jogo de ontem.
Contra o clube que o deseja como sonho de consumo, ele tinha de mostrar serviço.
A melhor forma foi, com um elenco mais fraco, ganhar do mais forte.
E tirar o São Paulo da Libertadores.
Levar um enorme prejuízo ao clube de Juvenal Juvêncio.
Era essa a homenagem que desejava prestar.
E conseguiu.
Graças ao esforço do seu time.
E a ajuda enorme de Leão.
O treinador adversário não soube o que fazer para livrar seus jogadores da forte marcação palmeirense.
Estratégia cantada com toda antecedência.
Mas Leão não pode fazer a mais do que a sua competência.
Scolari já ganhou uma moral importante para o final do ano.
Um estímulo para seu último ano de contrato com o Palmeiras.
Mas o destino quis mais.
E está nas suas mãos o sonho de todo torcedor que o adora.
Tirar o Brasileiro das mãos do Corinthians.
O desafio é mais do que estimulante.
Partida marcada para o próximo domingo.
No Pacaembu lotado de corintianos.
Tite tem uma equipe muito mais forte.
O favoritismo é todo preto e branco.
O rival precisa apenas de um empate.
Se Felipão quer voltar de verdade ao cenário.
Voltar a ter uma mínima chance de substituir o inseguro Mano Menezes...
A hora é agora.
O Palmeiras fez tudo o que ele queria.
Despachou Kléber, advogados e assessores que estariam vazando segredos do fraco elenco.
Contratou César Sampaio, seu homem de confiança.
E está juntando duplicatas, empréstimos e moedas para contratar jogadore para 2012.
A hora da resposta.
Mostrar que merece todo o respeito que ainda tem no futebol brasileiro.
Chegou o momento.
Fazer um jogo épico contra o Corinthians.
Derrotar o rival favoritíssimo ao pentacampeonato.
Felipão sorri, desconversa.
Mas sabe que seu destino pode mudar depois de domingo.
Os holofotes estarão todos apontando para ele em caso de vitória.
Por isso que há uma certeza hoje na diretoria do Palmeiras.
Não estão oferecendo premiação em dobro à toa.
Será o dinheiro mais bem investido do ano.
Tirar o título dos corintianos.
A convicção de Tirone que Felipão será Felipão no Pacaembu.
O cenário está montado.
Com tudo contra.
Como ele sempre gostou.
Ressuscite se puder, Luiz Felipe Scolari...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O que Juvenal Juvêncio quer fazer com o São Paulo? Ressucistar o aposentado Leão foi a pior escolha…


divulgacao300 O que Juvenal Juvêncio quer fazer com o São Paulo? Ressucistar o aposentado Leão foi a pior escolha...




Foi uma demonstração que Juvenal Juvêncio perdeu de vez a noção.
Contratar um treinador ultrapassado, que estava aposentado para treinar o São Paulo.

Depois de Ricardo Gomes, Carpegiani, Adilson, ninguém pensou que alguém pior poderia trabalhar no Morumbi.
Ninguém.
Leão representa tudo de ultrapassado no futebol brasileiro.
Sem espaço algum depois de uma série de demissões, ele parou.
O último clube em que havia trabalhado foi o Goiás.
Fez um péssimo trabalho.
E ainda foi embora brigado com tudo e com todos.
Juvenal queria um técnico de um perfil diferenciado dos últimos demitidos no São Paulo.
Desejava alguém linha dura.
O presidente acredita que o São Paulo está perdendo por falta de personalidade, empenho dos jogadores.
Ele quer o que Leão sabe fazer de melhor: gritar, cobrar, multar, intimidar os são-paulinos.
Comportamento de um bedel que não entende de futebol.
Não tem conhecimentos profundos de estratégia, tática.
Seus treinamentos ficaram obsoletos.
Não só os atletas como também a imprensa que ousa questioná-lo.
Foi assim que fez sua carreira.
Qualquer problema e ele já apela para a greve do silêncio.
Não deixa ninguém falar, se explicar.
Essa maneira de agir vem desde uma greve na Seleção Brasileira em 1973.
No episódio que foi conhecido como manifesto de Glasgow.
Ele estava entre os vários jogadores que resolveram se calar para os jornalistas.
O motivo: críticas...
Prepotente, arrogante e sem resultados práticos.
Foi assim que fez a sua carreira.
Acabou sendo mandado embora do comando da Seleção Brasileira por telefone.
Ricardo Teixeira não quis nem encontrá-lo pessoalmente para dispensá-lo do Brasil...
Pior ainda foi a sua saída do São Paulo em 2005.
Com péssimo ambiente com os jogadores, ele foi para o Japão.
Disse que tinha de ajudar um amigo.
Foi a pior desculpa possível.
A decepção por grande parte dos aliados de Juvenal não repercutirá.
Por um simples motivo.
Ele não está nem um pouco preocupado.
Faz o que quer.
Sem dar satisfação a ninguém.
E ponto final.
Leão por anos deu a sua palavra que nunca mais trabalharia no futebol com 60 anos.
Jurou aposentadoria.
E com veemência.
Mas nada como um dia após o outro.
Completou 62 anos.
E esqueceu da sua promessa.
Para falta de sorte dos jogadores e da diretoria do São Paulo...
Juvenal mostrou sua criatividade.
Conseguiu o que ninguém esperava.
Contratou um técnico pior do que Adilson Batista.

Muito pior...

sábado, 15 de outubro de 2011

Discurso de STEVE JOBS com tradução!



This is the text of the Commencement address by Steve Jobs, CEO of Apple Computer and of Pixar Animation Studios, delivered on June 12, 2005. 
Este é o texto do discurso de formatura feito por Steve Jobs, CEO da Apple Computer e dos Pixar Animation Studios, realizado em 12 de Junho de 2005.

I am honored to be with you today at your commencement from one of the finest universities in the world. I never graduated from college. Truth be told, this is the closest I?ve ever gotten to a college graduation. Today I want to tell you three stories from my life. That's it. No big deal. Just three stories.
É uma honra estar com vocês hoje nessa formatura de uma das mais excelentes universidades do mundo. Eu nunca me formei na faculdade. Verdade seja dita, esta foi a vez na vida em que eu cheguei mais perto de uma formatura de faculdade. Hoje eu gostaria de contar pra vocês três histórias da minha vida. É isso. Não é grande coisa. Só três histórias.
The first story is about connecting the dots.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
I dropped out of Reed College after the first 6 months, but then stayed around as a drop-in for another 18 months or so before I really quit. So why did I drop out?
Eu deixei a Reed College depois dos primeiros 6 meses, mas então eu fiquei por lá como um visitante informal por outros 18 meses, coisa assim, antes de eu realmente sair. Então por que eu saí?

It started before I was born. My biological mother was a young, unwed college graduate student, and she decided to put me up for adoption. She felt very strongly that I should be adopted by college graduates, so everything was all set for me to be adopted at birth by a lawyer and his wife. Except that when I popped out they decided at the last minute that they really wanted a girl. So my parents, who were on a waiting list, got a call in the middle of the night asking: "We have an unexpected baby boy; do you want him?""" They said: 'Of course.' My biological mother later found out that my mother had never graduated from college and that my father had never graduated from high school. She refused to sign the final adoption papers. She only relented a few months later when my parents promised that I would someday go to college.

Começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem e solteira estudante de faculdade, e ela decidiu me colocar para adoção. Ela achava muito fortemente que eu devia ser adotado por pessoas formadas, então tudo estava preparado pra que quando eu nascesse fosse adotado por um advogado e sua esposa. Exceto que quando eu apareci eles decidiram no último minuto que na verdade eles queriam uma garota. Então meus pais adotivos, que estavam numa lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite perguntando: ?Nós temos um garoto ?imprevisto?; vocês o querem?? Eles disseram: ?É claro!? Minha mãe biológica mais tarde descobriu que minha mãe adotiva nunca se formou na faculdade e que meu pai adotivo nunca se formou no colégio (ensino médio). Ela se recusou a assinar os papéis finais da adoção. Ela só cedeu alguns meses depois quando meus pais adotivos prometeram que um dia eu iria para a faculdade.
And 17 years later I did go to college. But I naively chose a college that was almost as expensive as Stanford, and all of my working-class parents' savings were being spent on my college tuition. After six months, I couldn?t see the value in it. I had no idea what I wanted to do with my life and no idea how college was going to help me figure it out. And here I was spending all of the money my parents had saved their entire life. So I decided to drop out and trust that it would all work out OK. It was pretty scary at the time, but looking back it was one of the best decisions I ever made. The minute I dropped out I could stop taking the required classes that didn?t interest me, and begin dropping in on the ones that looked interesting.
E 17 anos depois eu fui pra faculdade. Mas ingenuamente eu escolhi uma faculdade quase tão cara quanto Stanford, e todas as economias dos meus pais de classe operária estavam sendo gastas na minha educação superior. Depois de seis meses, eu não podia enxergar o valor daquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer com minha vida e nenhuma idéia de como a faculdade poderia me ajudar a descobrir. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais economizaram durante suas vidas inteiras. Então eu decidi sair e confiar que tudo ia acabar dando certo. Era bem assustador naquela época, mas olhando para trás, foi uma das melhores decisões que eu já tomei. Assim que eu saí eu pude parar de assistir as aulas obrigatórias que não me interessavam, e comecei a assistir as que pareciam interessantes.
It wasn't all romantic. I didn't have a dorm room, so I slept on the floor in friends' rooms, I returned coke bottles for the 5¢ deposits to buy food with, and I would walk the 7 miles across town every Sunday night to get one good meal a week at the Hare Krishna temple. I loved it. And much of what I stumbled into by following my curiosity and intuition turned out to be priceless later on. Let me give you one example:
Nem tudo foi tão romântico. Eu não tinha um dormitório, então eu dormia no chão do quarto dos amigos; eu devolvia garrafas de coca-cola aos depósitos por 5 centavos pra poder comprar comida; e eu andava as 7 milhas (11,2 km) através da cidade toda noite de domingo pra pegar uma boa refeição semanal no templo Hare Krishna. Eu amava aquilo. E muito do que eu encontrei seguindo minha curiosidade e intuição se mostrou de valor incalculável mais tarde. Deixe-me dar um exemplo:
Reed College at that time offered perhaps the best calligraphy instruction in the country. Throughout the campus every poster, every label on every drawer, was beautifully hand calligraphed. Because I had dropped out and didn?t have to take the normal classes, I decided to take a calligraphy class to learn how to do this. I learned about serif and san serif typefaces, about varying the amount of space between different letter combinations, about what makes great typography great. It was beautiful, historical, artistically subtle in a way that science can?t capture, and I found it fascinating.
A Reed College naquele tempo oferecia quem sabe a melhor instrução sobre caligrafia no país. Por todo o campus, cada pôster, cada etiqueta em cada gaveta, apresentava uma bela caligrafia manual. Por eu ter saído e não ter que assistir as aulas normais, eu decidi tomar aulas de caligrafia para aprender a fazer aquilo. Eu aprendi sobre caracteres com e sem serifa, sobre a variação do espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna a grande tipografia grande. Era bonita, histórica, artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode capturar, e eu achei aquilo fascinante.
None of this had even a hope of any practical application in my life. But ten years later, when we were designing the first Macintosh computer, it all came back to me. And we designed it all into the Mac. It was the first computer with beautiful typography. If I had never dropped in on that single course in college, the Mac would have never had multiple typefaces or proportionally spaced fonts. And since Windows just copied the Mac, its likely that no personal computer would have them. If I had never dropped out, I would have never dropped in on this calligraphy class, and personal computers might not have the wonderful typography that they do. Of course it was impossible to connect the dots looking forward when I was in college. But it was very, very clear looking backwards ten years later.
Nada disso tinha sequer um lampejo de aplicação prática na minha vida. Mas dez anos depois, quando nós estávamos projetando o primeiro computador Macintosh, aquilo tudo voltou. E nós colocamos tudo no Mac. Foi o primeiro computador com uma tipografia bonita. Se eu nunca tivesse entrado naquele simples curso da faculdade, o Mac nunca teria múltiplos tamanhos de letra ou fontes proporcionalmente espaçadas. E como o Windows só copiou o Mac, provavelmente nenhum computador pessoal teria. Se eu nunca tivesse deixado a faculdade, eu nunca teria entrado na aula de caligrafia, e os computadores pessoais poderiam não ter a maravilhosa tipografia que eles têm. Claro que era impossível conectar os pontos olhando pra frente quando eu estava na faculdade. Mas ficou muito, muito claro olhando pra trás dez anos depois.
Again, you can't connect the dots looking forward; you can only connect them looking backwards. So you have to trust that the dots will somehow connect in your future. You have to trust in something ? your gut, destiny, life, karma, whatever. This approach has never let me down, and it has made all the difference in my life.
De novo: você não pode conectar os pontos olhando adiante; você só pode conectá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os pontos de algum jeito vão se conectar em seu futuro. Você tem que confiar em alguma coisa ? seu intestino, destino, vida, karma, seja o que for. Essa idéia nunca me deixou cair, e fez toda a diferença na minha vida.

My second story is about love and loss.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
I was lucky ? I found what I loved to do early in life. Woz and I started Apple in my parents garage when I was 20. We worked hard, and in 10 years Apple had grown from just the two of us in a garage into a $2 billion company with over 4000 employees. We had just released our finest creation ? the Macintosh ? a year earlier, and I had just turned 30. And then I got fired. How can you get fired from a company you started? Well, as Apple grew we hired someone who I thought was very talented to run the company with me, and for the first year or so things went well. But then our visions of the future began to diverge and eventually we had a falling out. When we did, our Board of Directors sided with him. So at 30 I was out. And very publicly out. What had been the focus of my entire adult life was gone, and it was devastating.
Eu fui sortudo ? encontrei o que eu amava fazer cedo na vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Nós trabalhamos duro, e em 10 anos a Apple cresceu de apenas nós dois numa garagem até uma companhia de 2 bilhões de dólares com mais de 4000 empregados. Nós tínhamos acabado de lançar nossa maior criação ? o Macintosh ? um ano antes, e eu tinha acabado de fazer 30. E então eu fui demitido. Como você pode ser demitido de uma empresa que você começou? Bem, conforme a Apple cresceu nós contratamos alguém que eu achava muito talentoso para levar a empresa comigo, e no primeiro ano, mais ou menos, as coisas saíram bem. Mas então nossas visões do futuro começaram a divergir e eventualmente nós tivemos uma briga. Quando isso aconteceu, nosso Quadro de Diretores ficou do lado dele. Então aos 30 anos eu estava fora. E muito escandalosamente fora! O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta se foi, e isso me destruiu.
I really didn?t know what to do for a few months. I felt that I had let the previous generation of entrepreneurs down ? that I had dropped the baton as it was being passed to me. I met with David Packard and Bob Noyce and tried to apologize for screwing up so badly. I was a very public failure, and I even thought about running away from the valley. But something slowly began to dawn on me ? I still loved what I did. The turn of events at Apple had not changed that one bit. I had been rejected, but I was still in love. And so I decided to start over.
Eu realmente não sabia o que fazer por alguns meses. Eu sentia que tinha falhado diante de toda a geração anterior de empreendedores ? que eu deixei cair o bastão quando ele estava sendo passado a mim. Encontrei David Packard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter trabalhado tão mal. Eu era uma falência pública, e eu até pensei em fugir do vale (do silício). Mas algo começou a surgir lentamente em mim ? eu ainda amava o que eu fazia. A série de eventos na Apple não tinha mudado isso nem um pouquinho. Eu fui rejeitado, mas eu ainda estava apaixonado. Então eu decidi recomeçar.
I didn't see it then, but it turned out that getting fired from Apple was the best thing that could have ever happened to me. The heaviness of being successful was replaced by the lightness of being a beginner again, less sure about everything. It freed me to enter one of the most creative periods of my life.
Eu não via isso na hora, mas o fato é que ser demitido da Apple foi a melhor coisa que jamais poderia ter me acontecido. O peso de ser bem sucedido foi trocado pela leveza de ser um iniciante de novo, sem ter certeza de quase nada. Isso me libertou para entrar num dos períodos mais criativos da minha vida.
During the next five years, I started a company named NeXT, another company named Pixar, and fell in love with an amazing woman who would become my wife. Pixar went on to create the worlds first computer animated feature film, Toy Story, and is now the most successful animation studio in the world. In a remarkable turn of events, Apple bought NeXT, I retuned to Apple, and the technology we developed at NeXT is at the heart of Apple?s current renaissance. And Laurene and I have a wonderful family together.
Nos cinco anos seguintes, eu comecei uma empresa chamada NeXT, outra empresa chamada Pixar, e me apaixonei por uma magnífica mulher que se tornaria minha esposa. A Pixar criou o primeiro filme do mundo animado por computador, Toy Story, e hoje é o mais bem sucedido estúdio de animação do mundo. Numa memorável seqüência de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu retornei à Apple, e a tecnologia que nós desenvolvemos na NeXT está no coração da atual ressurreição da Apple. E Laurence e eu temos uma maravilhosa família juntos.
I'm pretty sure none of this would have happened if I hadn't been fired from Apple. It was awful tasting medicine, but I guess the patient needed it. Sometimes life hits you in the head with a brick. Don?t lose faith. I?m convinced that the only thing that kept me going was that I loved what I did. You?ve got to find what you love. And that is as true for your work as it is for your lovers. Your work is going to fill a large part of your life, and the only way to be truly satisfied is to do what you believe is great work. And the only way to do great work is to love what you do. If you haven?t found it yet, keep looking. Don?t settle. As with all matters of the heart, you?ll know when you find it. And, like any great relationship, it just gets better and better as the years roll on. So keep looking until you find it. Don't settle.
Tenho toda a certeza de que nada disso teria acontecido se eu não fosse demitido da Apple. Foi um remédio de gosto amargo, mas acho que o paciente precisava dele. Às vezes a vida te bate na cabeça com um tijolo. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me manteve em ação foi o fato de que eu amava o que fazia. Você tem que achar o que você ama. E isso é tão verdade para o seu trabalho quanto é para seu companheiro. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e o único jeito de ficar verdadeiramente satisfeito é fazer o que você acredita que é um belo trabalho. E o único jeito de fazer um belo trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não achou, continue procurando. Não fique sentado. De todo o coração, você vai saber quando encontrar. E, como qualquer grande relacionamento, só melhora mais e mais conforme os anos vão passando. Então continue procurando até achar. Não fique sentado.
My third story is about death.
Minha terceira história é sobre a morte.
When I was 17, I read a quote that went something like: ?If you live each day as if it was your last, someday you?ll most certainly be right.? It made an impression on me, and since then, for the past 33 years, I have looked in the mirror every morning and asked myself: ?If today were the last day of my life, would I want to do what I am about to do today?? And whenever the answer has been ?No? for too many days in a row, I know I need to change something.
Quando eu tinha 17 anos, eu li uma citação mais ou menos assim: ?Se você viver cada dia como se fosse o último, algum dia provavelmente você vai acertar?. Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu tenho olhado no espelho cada manhã e perguntado a mim mesmo: ?Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu ia querer fazer o que eu vou fazer hoje?? E sempre que a resposta foi ?Não? por vários dias seguidos, eu soube que eu tinha que mudar alguma coisa.
Remembering that I'll be dead soon is the most important tool I?ve ever encountered to help me make the big choices in life. Because almost everything ? all external expectations, all pride, all fear of embarrassment or failure ? these things just fall away in the face of death, leaving only what is truly important. Remembering that you are going to die is the best way I know to avoid the trap of thinking you have something to lose. You are already naked. There is no reason not to follow your heart.
Lembrar que eu logo vou estar morto é a ferramenta mais importante que eu já encontrei pra me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Porque quase tudo ? toda a expectativa exterior, todo o orgulho, todo o medo de dificuldades ou falhas ? estas coisas simplesmente somem em face da morte, deixando apenas o que é realmente importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de achar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
About a year ago I was diagnosed with cancer. I had a scan at 7:30 in the morning, and it clearly showed a tumor on my pancreas. I didn?t even know what a pancreas was. The doctors told me this was almost certainly a type of cancer that is incurable, and that I should expect to live no longer than three to six months. My doctor advised me to go home and get my affairs in order, which is doctor?s code for prepare to die. It means to try to tell your kids everything you thought you'd have the next 10 years to tell them in just a few months. It means to make sure everything is buttoned up so that it will be as easy as possible for your family. It means to say your goodbyes.
Mais ou menos há um ano eu recebi um diagnóstico de câncer. Eu fiz um exame às 7:30 da manhã, e ele mostrou claramente um tumor no meu pâncreas. E eu nem sabia o que era um pâncreas! Os médicos me disseram que era quase com certeza um tipo incurável de câncer, e que eu não devia esperar viver mais do que de três a seis meses. Meu médico me aconselhou a ir pra casa e botar meus negócios em ordem, o que no idioma dos médicos significa: prepare-se para morrer. Significa tentar dizer aos seus filhos tudo o que você pensou que teria os próximos 10 anos para lhes dizer, em apenas uns poucos meses. Significa ter certeza que tudo está no lugar para que seja tão fácil quanto possível para sua família. Significa dizer adeus.
I lived with that diagnosis all day. Later that evening I had a biopsy, where they stuck an endoscope down my throat, through my stomach and into my intestines, put a needle into my pancreas and got a few cells from the tumor. I was sedated, but my wife, who was there, told me that when they viewed the cells under a microscope the doctors started crying because it turned out to be a very rare form of pancreatic cancer that is curable with surgery. I had the surgery and I?m fine now.
Eu fiquei com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, naquela noite eu tive uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio na minha garganta, através do meu estômago e dentro dos meus intestinos, colocaram uma agulha no meu pâncreas e pegaram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha esposa, que estava lá, me disse que quando eles viram as células no microscópio os médicos começaram a chorar porque descobriram que era uma forma muito rara de câncer pancreático que é curável através de cirurgia. Eu sofri a cirurgia e hoje eu estou bem.
This was the closest I?ve been to facing death, and I hope its the closest I get for a few more decades. Having lived through it, I can now say this to you with a bit more certainty than when death was a useful but purely intellectual concept:
Isto foi o mais perto que eu cheguei de encarar a morte, e eu espero que seja o mais perto que eu chegue por algumas décadas mais. Tendo sobrevivido, hoje eu posso dizer isto a vocês com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito útil mas puramente intelectual:
No one wants to die. Even people who want to go to heaven don?t want to die to get there. And yet death is the destination we all share. No one has ever escaped it. And that is as it should be, because Death is very likely the single best invention of Life. It is Life?s change agent. It clears out the old to make way for the new. Right now the new is you, but someday not too long from now, you will gradually become the old and be cleared away. Sorry to be so dramatic, but it is quite true.
Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que querem ir para o Céu não querem morrer pra chegar lá. E mesmo assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca escapou a ela. E é como deveria ser, porque a Morte é muito provavelmente a melhor invenção da Vida. É o agente de mudança da Vida. Ela tira o velho do caminho pra dar espaço pro novo. Por enquanto o novo são vocês, mas algum dia não muito distante, vocês gradualmente vão se tornar os velhos e sair do caminho. Me desculpe por ser tão dramático, mas é totalmente verdade.
Your time is limited, so don?t waste it living someone else?s life. Don?t be trapped by dogma ? which is living with the results of other people's thinking. Don't let the noise of other's opinions drown out your own inner voice. And most important, have the courage to follow your heart and intuition. They somehow already know what you truly want to become. Everything else is secondary.
Seu tempo é limitado, então não gaste vivendo a vida de outra pessoa. Não caia na armadilha do dogma ? que é viver com os resultados do pensamento de outra pessoa. Não deixe o ruído da opinião alheia sufocar sua voz interior. E mais importante, tenha coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.
When I was young, there was an amazing publication called The Whole Earth Catalog, which was one of the bibles of my generation. It was created by a fellow named Stewart Brand not far from here in Menlo Park, and he brought it to life with his poetic touch. This was in the late 1960?s, before personal computers and desktop publishing, so it was all made with typewriters, scissors, and polaroid cameras. It was sort of like Google in paperback form, 35 years before Google came along: it was idealistic, and overflowing with neat tools and great notions.
Quando eu era jovem, havia uma maravilhosa publicação chamada ?The Whole Earth Catalog? (O Catálogo de Toda a Terra), que era uma das bíblias da minha geração. Foi criada por um camarada chamado Stewart Brand não muito longe daqui, em Menlo Park, e ele deu vida à publicação com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores pessoais e da editoração eletrônica, então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras polaróides. Era tipo o Google formato brochura, 35 anos antes do Google aparecer: era idealista, e com abundância de recursos elegantes e idéias brilhantes.
Stewart and his team put out several issues of The Whole Earth Catalog, and then when it had run its course, they put out a final issue. It was the mid-1970s, and I was your age. On the back cover of their final issue was a photograph of an early morning country road, the kind you might find yourself hitchhiking on if you were so adventurous. Beneath it were the words: ?Stay Hungry. Stay Foolish.? It was their farewell message as they signed off. Stay Hungry. Stay Foolish. And I have always wished that for myself. And now, as you graduate to begin anew, I wish that for you.
Stewart e sua equipe publicaram várias edições do ?The Whole Earth Catalog?, e então quando seu papel estava cumprido, eles publicaram uma edição final. Era meados dos anos 70, e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa da edição final havia uma fotografia do amanhecer em uma estradinha de terra, do tipo em que você poderia ficar pegando carona se você for aventureiro. Embaixo dela estavam as palavras: ?Stay Hungry. Stay Foolish.? Era a mensagem de despedida deles ao sair do ar. Stay Hungry. Stay Foolish. E eu tenho sempre desejado isso pra mim mesmo. E agora, ao vocês se formarem para começar outra vez, eu desejo isto a vocês.
Stay Hungry. Stay Foolish.
Continue Esfomeado. Continue tolo.
Thank you all very much.
Muito obrigado a todos vocês.
Steve Jobs