quarta-feira, 31 de março de 2010

Um dia no tribunal


Perfeita Injustiça: O Julgamento de Jesus Perante Pilatos


Ainda era cedo de manhã, mas Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia, já se deparava com uma lista cheia de causas a serem julgadas. Ele não queria ser incomodado com as intrigas do sumo sacerdote dos judeus e seu conselho de anciãos, o Sinédrio. Na Judéia sempre faz calor desde o início do dia e Pilatos já estava suado e irritado, antes mesmo que os membros do conselho judaico se apresentassem diante dele arrastando consigo aquele profeta judeu, pregador do deserto ou seja lá o que fosse.
Pôncio Pilatos costumava ficar no palácio de Herodes quando visitava a cidade de Jerusalém. Era a ocasião em que os judeus celebravam uma de suas festas religiosas e ele começava a ter uma sensação de que esse era um caso do qual não conseguiria se esquivar. É verdade que ele odiava Jerusalém, bem como os judeus com seus costumes religiosos e suas prescrições insuportáveis, além de odiar a atitude obstinadamente defensiva desse povo no que dizia respeito ao seu templo. Porém, ele sabia que não podia correr o risco de melindrar o Sinédrio, sem dúvida, não agora. Afinal de contas, uma multidão de judeus se reunira do lado de fora do Pretório, junto com os principais sacerdotes e sua ordem religiosa de mestres da Lei. Eles não sairiam dali enquanto ele não julgasse o caso daquele sujeito chamado Jesus.
Quando Pilatos olhou para o acusado, que estava diante dele manietado e quieto, percebeu que uma “justiça brutal” já tinha sido administrada contra tal homem. As vestes de Jesus estavam rasgadas e era evidente que ele tinha sido espancado.
Não há nada de estranho nisso, pensou Pilatos. A não ser por uma coisa. Algo relacionado com o comportamento daquele homem. Será que se poderia chamar aquilo de dignidade? Dificilmente. Um pregador errante; vestido de trapos. Bem, o que quer que fosse, começava a enervar Pilatos. O governador se sentia cada vez mais pressionado a tomar uma decisão. Mas aquele homem, em pé diante dele com um olhar sereno e implacável, sem um pingo de medo ou ansiedade, apesar de ensangüentado e de provavelmente ter que enfrentar a pena de morte, tornava a situação ainda mais difícil.
Com o objetivo de fazer uma demonstração de força em Jerusalém e assumir o controle pela intimidação, Pilatos, na calada da noite, ordenou que suas tropas hasteassem estandartes ou bandeiras romanas no contorno de uma determinada área, todas elas com a imagem de César estampada.

Pilatos não podia ajudar; só conseguia relembrar seu histórico mal-sucedido em Jerusalém. Ele tinha sido convocado à Judéia para reassumir o controle da região. Seu antecessor, Arquelau, um dos filhos de Herodes, o Grande, cometeu um erro sórdido na tentativa de governar aquele território. Esse governante herodiano enviara suas tropas aos pátios do templo a fim de controlar uma rebelião violenta e acabou por massacrar três mil pessoas. Poucas semanas depois, Arquelau ausentou-se tranqüilamente de Jerusalém para fazer uma viagem a Roma e outra rebelião estourou. Essa última insurreição foi, finalmente, subjugada pelos romanos, depois que estes crucificaram dois mil habitantes locais ao redor das muralhas da cidade.
Pilatos pensava que podia fazer melhor. Afinal de contas, quando ele chegou a Jerusalém, pela primeira vez, na qualidade de governador, pensara consigo mesmo: César exige paz e ordem nos territórios de sua ocupação – e eu estou pronto a oferecer-lhe o que exige.
Mas, então, a realidade chegou. Pilatos, na intenção de sufocar um distúrbio, teve de enviar tropas para dentro da área do templo, as quais mataram muitos galileus, de modo que o sangue destes, derramado sobre o piso pedregoso, acabou por se misturar com o sangue dos animais que tinham acabado de ser sacrificados.
Em seguida, aconteceu o fiasco dos estandartes. Com o objetivo de fazer uma demonstração de força em Jerusalém e assumir o controle pela intimidação, Pilatos, na calada da noite, ordenou que suas tropas hasteassem estandartes ou bandeiras romanas no contorno de uma determinada área, todas elas com a imagem de César estampada. Ele nem se importou com o fato de que levantara imagens “idólatras” nas proximidades do templo. Como resultado, irrompeu outra rebelião.
Dessa vez um enorme contingente de judeus marchou na direção norte até o quartel-general de Pilatos em Cesaréia e exigiu que os estandartes romanos com a imagem de César fossem removidos. Naquele momento, quando Pilatos deu ordens para que seus soldados se dirigissem contra a turba de judeus, os últimos homens da multidão descobriram seu pescoço, desafiando o governador a matá-los. Até mesmo os centuriões ficaram impressionados.
Pilatos ficou ainda mais intimidado quando se lembrou da maneira pela qual teve de voltar atrás. Contudo, o que mais ele poderia fazer? A sobrevivência política nesse território abandonado da Judéia obviamente exigia sutileza diplomática, algo que ele considerava insultante. Ele preferia a força bruta. Era mais rápido – mais objetivo. Entretanto, Roma desejava a estabilidade naquela região. Agora Pilatos perguntava a si mesmo se algum dia isso seria possível.
Ele encarou Jesus outra vez. Aquele judeu tinha acabado de confessar que era um “rei”. Mas Pilatos era esperto o suficiente para saber que aquele rabi (mestre) itinerante falava acerca de alguma espécie de reino religioso – não de um reino político. Os principais sacerdotes o constrangiam a usar sua autoridade para sentenciar o acusado à pena capital, pela alegação de que Jesus cometera traição. Porém, Pilatos sabia que, pelo rigor da lei romana, aquele homem não representava risco nenhum de provocar uma revolta.
Então ele ouviu o grito de um dos escribas (ou era um dos sacerdotes? Talvez ele fosse ambas as coisas) que dizia algo sobre o modo pelo qual Jesus incitara o povo na Galiléia. Pilatos pensou: Herodes Antipas, o tetrarca da Galiléia, está aqui em Jerusalém para a festa. Esse Jesus procede do território que está sob a jurisdição de Herodes. Que Herodes julgue esse caso. Por que deveria eu decidir tal questão?
Nesse momento, ao dar novamente uma olhada em Jesus de Nazaré, o governador romano finalmente começou a esboçar um sorriso, que desapareceu de seu rosto quando ele contemplou os olhos fitos de Jesus nele como uma chama de fogo que arde no papiro seco, queimando a fina cobertura que ocultava as motivações políticas de Pôncio Pilatos.

Diz a história

Esse enredo dramático pode ou não refletir com exatidão os mais íntimos pensamentos de Pilatos. Contudo, é coerente com o relato dos quatro Evangelhos e com consideráveis registros da história antiga acerca do julgamento romano de Jesus.
Afinal, duvidar da historicidade do julgamento de Cristo perante Pilatos é o mesmo que questionar se a Suprema Corte dos Estados Unidos julgou o caso Dred Scott antes da Guerra da Secessão.
A existência histórica do Sinédrio é evidente e a família dos Herodes está solidamente comprovada nos escritos do historiador judeu Flávio Josefo, o qual também escreveu sobre o julgamento de Jesus perante Pilatos. A identidade do governador romano é atestada até mesmo fora dos relatos bíblicos e nos registros de Josefo.
Nos idos de 1950, numa escavação em Cesaréia, onde se localizava a residência oficial de Pilatos, descobriu-se uma inscrição em pedra. Embora uma parte dela tenha se perdido, as seguintes palavras ainda podiam ser lidas nitidamente: “Pôncio Pilatos, o Governador da Judéia”.
Já ouvi a argumentação daqueles que duvidam da Bíblia, alegando que a prática de Pilatos em conceder à multidão o direito de escolha, pelo voto verbal, entre Jesus e Barrabás, mencionada nos quatro Evangelhos, não era usual, nem histórica. Contudo, essa prática de indultar ou perdoar criminosos pelo voto popular realmente existiu. Um papiro do primeiro século (Papirus Forentinus), originário do Egito sob a ocupação romana, trouxe à luz que a mesma prática foi usada no ano 85 d.C.

Uma amizade misteriosa

O processo judicial romano reconhecia o direito de ficar em silêncio e a inocência do acusado até que se provasse o contrário. Antigos registros daquela época, transcritos de processos civis romanos, demonstram uma semelhança impressionante com o processo judicial nas cortes de justiça atuais.

Entretanto, há uma pergunta intrigante que nem as Escrituras Sagradas nem a história responderam. Após Pilatos ter enviado Jesus a Herodes para que este desse continuidade ao processo judicial, por que razão a Bíblia declara: “Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro” (Lc 23.12). Será que Herodes simplesmente desejava ser cordial? Isso parece pouco provável. O antigo escritor Fílon [de Alexandria, c. 20 a.C. - 50 d.C.] relatou que certa feita Pilatos instalou seus escudos distintivos dourados no palácio de Herodes. Herodes Antipas, ultrajado por tal situação, registrou uma queixa perante Tibério César, o qual ordenou que Pilatos removesse seus escudos daquele palácio. Com essa inimizade amargurada entre eles, só mesmo um motivo extremamente interesseiro, que garantisse o benefício de ambos, poderia ter curado a ruptura. Então, será que houve, de fato, uma conspiração entre Herodes e Pilatos? Se a resposta for afirmativa, contra quem seria?
Há uma possível explicação. Jesus permaneceu calado perante Herodes. Herodes o mandou de volta a Pilatos, porque não achou nele crime algum “digno de morte” (Lc 23.15). No entanto, segundo o texto de Atos 4.27, tanto Herodes quanto Pôncio Pilatos se voltaram contra Jesus. Ao harmonizarem-se tais versículos, chega-se à seguinte possibilidade: Herodes, embora desejasse secretamente livrar-se de qualquer pessoa (em especial, de Jesus) que representasse uma ameaça às suas ambições políticas, talvez tenha pensado que podia usar Jesus como um joguete, um peão no seu magistral jogo de xadrez – com o intuito de dar o xeque-mate no poder crescente do sumo sacerdote e do Sinédrio. Ao mesmo tempo, Pilatos queria simplesmente evitar mais uma decisão impopular e pode ter visto Herodes como um expediente de auxílio. Afinal de contas, Pilatos era uma pessoa moralmente baixa, além de ser um pragmático cruel.

O grande veredito

A despeito dos motivos de ambos, nem Herodes nem Pilatos conseguiram o que desejavam. Herodes, posteriormente, foi deposto por Calígula no ano 39 d.C. e Pilatos, depois de muitos fracassos, foi substituído em sua função de comando por ordens de Roma.
Todavia, Jesus, condenado sem razão e cruelmente crucificado, foi sepultado no túmulo de um homem rico e, três dias depois, ressuscitou triunfalmente.
A tarefa de Pilatos, como governador romano, era a de exercer justiça. Mesmo nos territórios de ocupação romana esperava-se que a justiça prevalecesse. O processo judicial romano reconhecia o direito de ficar em silêncio e a inocência do acusado até que se provasse o contrário. Antigos registros daquela época, transcritos de processos civis romanos, demonstram uma semelhança impressionante com o processo judicial nas cortes de justiça atuais: a presença dos advogados, a apresentação das provas documentais e testemunhais, bem como a formulação de elaborados argumentos legais. Pilatos, porém, desconsiderou todas as salvaguardas, ao permitir – e até mesmo ordenar – a execução de um homem que ele mesmo já tinha declarado inocente de qualquer crime passível de morte (Lc 23.14-15,22).
A última interrogação de Pilatos a Jesus registrada nos Evangelhos, pergunta essa que deve ter sido feita num tom de frustração e arrogância ultrajante, foi a seguinte: “Não sabes que tenho autoridade [poder] para te soltar e autoridade para te crucificar?” (Jo 19.10). Mas a resposta de Jesus a Pilatos deve ter penetrado até a medula, quando ele lembrou ao governador romano que Deus é o Outorgante Supremo da autoridade (v. 11). A partir de então, Pilatos redobrou seus esforços para evitar que o fiasco legal e político se desenrolasse na sua presença, mas tudo foi em vão (v. 12).
Entretanto, Jesus não foi morto por causa do fracasso de Pilatos em exercer justiça, nem por causa da conspiração de Herodes, nem mesmo em virtude da má fé de seus acusadores ligados ao Sinédrio. O sangue de Jesus foi voluntária e propositalmente “derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28).
O princípio fundamental da justiça romana espelhava-se numa máxima popular (a qual, posteriormente, foi coligida nas Institutas de Justiniano) que Pilatos, sem dúvida, conhecia, mas optou por ignorar: “A justiça é o propósito determinado e constante de retribuir a cada um o que lhe é devido”.
Assim, portanto, também há uma decisão pessoal diante de cada um de nós: após considerarmos as alegações, feitas por Jesus, de ser ele o Messias, o Filho de Deus em carne, o Salvador, a perfeita e definitiva oferta pelo pecado, será que nós – eu e você – temos retribuído a Jesus “o que lhe é devido”? (Craig L. Parshall - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, abril de 2007.

Certeza De Nunca Ficarmos Desamparados

"Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu,
Senhor, não abandonas aqueles que te buscam" (Salmos 9:10).

O cristão está sempre tranquilo em relação a Deus. Podemos
confiar plenamente em Seus cuidados e descansar
completamente na Sua presença. Ele sempre estará ao nosso
lado e, em qualquer situação, nunca nos abandonará



Tiago Rodrigues

Páscoa Real

As Seis Vestes de Jesus
Há algum tempo visitei o Wartburg, o castelo onde Lutero traduziu a Bíblia. Há muitas coisas interessantes para ver ali – além da sala onde Lutero trabalhou. Por exemplo, nas paredes há retratos de todo tipo. Chama a atenção que as mulheres se apresentam em seus melhores trajes. E os homens usam vestimentas ricamente enfeitadas com medalhas, ou então magníficos uniformes ou armaduras. As pessoas faziam-se retratar em toda a sua dignidade, principesca ou real.
Diz o ditado popular: “O hábito faz o monge”. De fato, muitas vezes as roupas dizem algo a respeito do caráter de uma pessoa, suas idiossincrasias ou preferências. É bem verdade que há pessoas ricas e influentes que se vestem de forma simples, mesmo que os tecidos que usam sejam muito caros. Assim, uma simples olhada de relance realmente pode dar uma impressão errada.
As estrelas e celebridades da nossa época normalmente não poupam esforços nem dinheiro a fim de se apresentarem com as melhores e mais chamativas roupas, apenas para continuarem in e para que se fale delas.
Como o Senhor Jesus, o Rei dos reis e Senhor do senhores, estava vestido no dia de Sua morte (crucificação)? Ele usou seis vestimentas diferentes. Em minha opinião, Deus quer nos transmitir uma mensagem por meio delas. Vamos analisá-las uma a uma.

A roupa resplandecente

As estrelas e celebridades da nossa época normalmente não poupam esforços nem dinheiro a fim de se apresentarem com as melhores e mais chamativas roupas, apenas para continuarem in e para que se fale delas.

Quando Pôncio Pilatos descobriu que Jesus era da Galiléia, e que Herodes, cujo domínio incluía a Galiléia, estava em Jerusalém naquele momento, ele enviou o Senhor até Herodes (Lc 23.6-7). Fazia tempo que este desejava ver um sinal milagroso realizado por Jesus. Mas como o Senhor não respondeu às suas perguntas (v.9) nem realizou milagres, o aparente interesse por Jesus imediatamente se transformou em zombaria e gozação: “E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o, e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente, e tornou a enviá-lo a Pilatos” (v.11, RC). Outras traduções chamam esta roupa de “manto esplêndido”, “manto branco” ou “manto real”.
É óbvio que Herodes queria usar isso para expor a reivindicação da realeza de Jesus ao deboche público. Pois, pouco antes Jesus tinha respondido à pergunta de Pilatos: “És tu o rei dos judeus?” com “Tu o dizes” (v.3). Todo o Sinédrio reunido naquele lugar tinha escutado essas palavras, e os mesmos homens agora acusavam Jesus diante de Herodes, com certeza também pela Sua reivindicação de ser o Rei dos judeus (cf. Lc 23.3,10).
Com esta roupa resplandecente que Herodes tinha mandado que vestissem em Jesus, ele O tinha exposto à zombaria das pessoas. Elas zombavam dEle por causa daquilo que Jesus realmente era: o Rei dos judeus; a verdade absoluta e comprovada a respeito de Jesus foi debochada.
Algo muito parecido acontece hoje: inúmeras publicações sobre Jesus arrastam a verdade a respeito de Sua Pessoa na lama. Nenhuma outra religião é tão vilipendiada quanto o verdadeiro cristianismo, pois a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo que ela prega é a verdade. Por trás disso está o pai da mentira, o diabo (Jo 8.44), que combate essa verdade com todos os meios de que dispõe.
Inúmeras publicações sobre Jesus arrastam a verdade a respeito de Sua Pessoa na lama. Nenhuma outra religião é tão vilipendiada quanto o verdadeiro cristianismo.


A roupa resplandecente colocada sobre Jesus também significa que o Senhor tomou sobre si todos os pecados, mesmo aqueles que o ser humano tanto gosta de usar, mas que não o fazem feliz: roupas maravilhosas, esplêndidas, e jóias preciosas. Os homens gostam de se apresentar com elas, mas, na maioria das vezes, por baixo só estão escondidos egoísmo, orgulho e uma ambição ilimitada.
A “roupa resplandecente” dos homens tenciona esconder a sua miséria e natureza pecaminosa, o “manto branco” precisa ocultar a hipocrisia, o “manto esplêndido” tenta neutralizar o mau cheiro da debilidade humana e o “manto real” procura testemunhar imortalidade, mesmo que o ser humano seja totalmente mortal.
Jesus vestiu, tomou sobre si e carregou tudo isso. Agora Ele transforma qualquer pessoa que crê nEle em “rei e sacerdote” (cf. Ap 1.5-6).

O manto escarlate

Depois que Pilatos tinha mandado açoitar Jesus (Mt 27.26), o texto continua: “Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte. Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate” (vv. 27-28). Outras traduções falam em “manto de púrpura”, “capa de soldado púrpura” ou “manto vermelho”. Tratava-se de uma capa vermelha do tipo usado por soldados. Foi uma capa dessas que colocaram nos ombros de Jesus.
Sem saber, em seu deboche e zombaria os soldados fizeram algo cujo significado mais profundo indica o motivo do sacrifício de Jesus. Afinal, o “manto vermelho” ou “escarlate” nos lembra todo aquele sangue derramado sobre a terra, as incontáveis guerras e as muitas vítimas inocentes. Ele proclama que o homem não se entende com seu próximo, que há apenas brigas entre eles. Ele nos lembra assaltos, violência, poder desmedido e injustiça, assassinatos e homicídios e o espírito assassino inventivo da humanidade. Ele nos lembra as grandes guerras (entre os povos) e as pequenas guerras (nas famílias, entre vizinhos, etc.).
O “manto escarlate” do soldado representa ódio e vingança, retaliação, busca por poder e exercício da tirania. Mas ele também expressa que o homem não vale nada para os outros homens. Esse “manto vermelho do soldado” deveria estar sempre diante dos nossos olhos.
O “manto vermelho” proclama que o homem não se entende com seu próximo, que há apenas brigas entre eles. Ele nos lembra assaltos, violência, poder desmedido e injustiça, assassinatos e homicídios e o espírito assassino inventivo da humanidade.


Jesus quis tomar nossa culpa sobre si de forma voluntária, e fez isso de forma conseqüente. Essa era a Sua missão, a Sua tarefa. Jesus tomou sobre si a culpa de todas as discórdias do relacionamento humano, todo ódio e todo assassinato: esta é a verdade ilustrada pelo “manto vermelho do soldado”, que Ele permitiu que fosse colocado em Seus ombros.

Suas próprias roupas

“E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado” (Mt 27.31, ACF).
As roupas de Jesus eram feitas por mãos de homem, para serem usadas por homens; eram de material terreno. Jesus usou essas roupas durante a Sua vida.
Sendo Deus, Ele vestiu essa “roupa” para se tornar completamente homem. Ele praticamente “vestiu nossa pele” e assumiu humanidade completa.
E como Jesus usou essas roupas feitas por homens, elas também realizaram milagres. Uma mulher tocou a bainha da Sua roupa e imediatamente ficou curada (Mc 5.25ss.).
As roupas de Jesus indicam que Ele se tornou homem, e nos ensinam que Ele quer tornar a nossa humanidade completa. E quando nós O convidamos a preencher nossa humanidade, Cristo, a esperança da glória (Cl 1.27), vive em nós.
Suas roupas se transformaram em símbolo da redenção, pois quatro soldados as tomaram e dividiram entre si (Jo 19.23). As roupas de um condenado à cruz eram despojos dos carrascos. Assim, as roupas de Jesus, crucificado vicariamente pela nossa culpa, transformaram-se em “vestes de salvação” para nós (Is 61.10).
Tiraram dele a “capa” e “vestiram-lhe as suas vestes”. Jesus não era nem como Herodes (manto esplêndido) nem como os soldados (capa). Ele os usou e depois foi despido delas. Mas Ele continuou sendo verdadeiro homem.

A túnica

“Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados” (Jo 19.23-24).
A túnica de Jesus não tinha costuras. O sacerdócio de Jesus é indivisível, não há nenhuma costura que possa ser desfeita, ele é uma unidade.


O texto diz expressamente que essa túnica tinha sido tecida sem usar qualquer costura. As roupas do sumo sacerdote também eram feitas dessa forma: “Farás também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela, haverá uma abertura para a cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se rompa” (Êx 28.31-32). A diferença estava no fato de que o sumo sacerdote usava essa peça por cima de todas as outras, e Jesus a usava por baixo. Isso também tem um significado mais profundo: Jesus Cristo é o verdadeiro Sumo Sacerdote, ainda ocultado. Ele veio ao mundo como Filho de Deus e revelou-se como Messias de Israel em Seus atos. Mas era preciso que também ficasse claro que Ele era mais que isso: o eterno Sumo Sacerdote de Seu povo. No fim de Sua vida ficou claro qual era o Seu destino inicial.
O povo celebrou-O como Filho de Davi, louvou-O como Messias e grande Profeta. Contavam com a vitória sobre os romanos e o estabelecimento de um reino messiânico. Mas eles não perceberam que primeiro Jesus teria de morrer pelos pecados dos homens, como o Cordeiro de Deus. Podemos chegar a Ele, o Senhor crucificado e ressuscitado, com toda a nossa culpa. Ele intercede por nós, é nosso Advogado diante do Pai celeste: Seu sacrifício vale perante Deus. Jesus é tudo de que nós precisamos!
A túnica de Jesus não tinha costuras. O sacerdócio de Jesus é indivisível, não há nenhuma costura que possa ser desfeita, ele é uma unidade. Seu sacerdócio não pode ser dividido com Maria, outra assim chamada mediadora, nem com os sacerdotes eclesiásticos, nem com o papa nem com nenhuma outra religião. Somente Ele é o eterno e verdadeiro Sumo Sacerdote, o único Mediador entre Deus e os homens (cf. 1 Tm 2.5-6).

O pano

Como Jesus fora despido de Suas roupas e de Sua túnica, Ele ficou dependurado na cruz coberto apenas por um pano. Estava praticamente nu. O Salmo 22.17-18 O descreve desta forma: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Hermann Menge traduziu a última parte do versículo 17 desta forma: “...mas eles olham para mim e se deleitam com a visão”.
A nudez retrata pecado e vergonha. Ela personifica o pecado original. Desde Adão todos nós nascemos em pecado, por isso chegamos ao mundo nus. Em Gênesis 3.7 lemos: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”. Adão disse a Deus: “Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi” (v.10). E Deus respondeu: “Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” (v.11).
O primeiro Adão pegou o fruto proibido da árvore, e tornou-se o pecador cuja iniqüidade pesa sobre todos os homens.
O último Adão foi pendurado num madeiro e “feito pecado” (2 Co 5.21). Jesus tomou sobre si a culpa original do pecado a fim de eliminar a culpa do homem. Quem crê em Jesus não tem somente o perdão de seus pecados, mas também do pecado original, no qual todos nós nascemos.

Os lençóis

“Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis (de linho) com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro” (Jo 19.40).
O linho era usado nas vestes sacerdotais (Lv 6.10). Também os tapetes, toalhas e cortinas do tabernáculo eram feitos de linho (Êx 26.1,31,36; cf. também 1 Cr 15.27).
Era costume que os judeus mortos fossem sepultados enrolados em lençóis de linho. Jesus foi “sepultado” como um verdadeiro judeu.
Mais tarde, quando Jesus ressuscitou, o texto diz: “Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte” (Jo 20.6-7).
Em minha opinião, os lençóis nos lembram as obras da lei, o sacerdócio do Antigo Testamento, o tabernáculo, as leis e prescrições, as obras e os esforços dos judeus que seguiam a lei.
Jesus foi colocado no túmulo envolto em linho, mas na Sua ressurreição Ele deixou os lençóis para trás. Ele cumpriu a lei de forma completa. Ele é o cumprimento da lei (Mt 5.17). Nele qualquer pessoa que Lhe pertença é tornada completa.

Aplicação pessoal

Jesus usou o manto esplêndido de Herodes, o orgulho e a soberba da humanidade sem Deus. O Senhor permitiu que Lhe colocassem o manto vermelho dos soldados, o ódio abismal e a brutalidade do ser humano. Jesus usou Suas próprias roupas: Ele se tornou completamente homem. Ele usou uma túnica sem costuras: Ele é o verdadeiro Sumo Sacerdote. Na cruz Ele foi coberto somente com um pano. Jesus levou não somente os pecados, mas o pecado original. Na morte o Senhor usou os lençóis de linho, depois despidos na ressurreição. Jesus é o cumprimento da lei.
Agora toda pessoa renascida é chamada a despir o velho homem e vestir o novo homem em Cristo: “...[despojai-vos] do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e [renovai-vos] no espírito do vosso entendimento, e [revesti-vos] do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.22-24). “...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13.14). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 2007.

Refúgio Perfeito

"O Senhor é também um alto refúgio para o oprimido, um alto
refúgio em tempos de angústia" (Salmos 9:9).




O que temos feito nos momentos difíceis de aflição por que
passamos? Onde buscamos socorro e solução para as nossas
angústias? Em vez de buscarmos "terapias" incertas e, muitas
vezes, enganosas, a melhor coisa a fazer é buscar a Deus.
Ele tem resposta para todas as nossas necessidades. Na Sua
presença, as tempestades logo cessam e a bonança logo vem.

 
Tiago Rodrigues

sexta-feira, 19 de março de 2010

Rede Globo - A silenciosa investida


Dias atrás eu conversava com minha esposa sobre a programação da Rede Globo, do padrão de qualidade, da audiência,
do investimento gigantesco em publicidade e das inúmeras repetidoras espalhadas no Brasil e no mundo.

Acontece que a Globo, com todo esse poder de penetração na sociedade e dentro de nossas casas, vem introduzindo,
silenciosamente, uma cultura de libertinagem, traição, adultério e rompimento com a célula familiar de forma sutil.

Com o advento do BBB10 a Globo conseguiu o que ela vinha tentando há muito tempo, o beijo gay ao vivo. Em duas cenas do BBB 10 aconteceram dois beijos Gay e quando um deles foi "líder" a produção do programa teve o cuidado de colocar sobre uma estante a foto do beijo, com isso a Globo faz com que seus fiéis telespectadores vejam o beijo gay como algo comum e engraçado, ou seja, aceitável.

Agora, nas novelas globais o beijo gay vai acontecer, induzindo esse comportamento aos jovens e adolescentes, induzindo legisladores
a criarem leis que abonem tal comportamento.

No mesmo BBB 10 uma das participantes declarou-se lésbica e com essa declaração todas as demais mulheres do programa se aproximaram dela sendo protagonizado o selinho lésbico no programa e todos os demais a apoiaram sob o manto sagrado do não preconceito.

Na novela Viver a Vida o tema principal mostrado de forma engraçada e aceitável é a da traição e do adultério.
A Globo leva ao telespectador ao absurdo de torcer para que um irmão traia o outro ficando com sua namorada.
A traição nessa novela é a mola mestra da máquina, todos os personagens se traem, e isso é mostrado de forma comum,
simples, corriqueiro.


 Mas talvez, a investida mais evidente e absurda esta na novela das 6h, Cama de Gato.
A Globo superou todos os limites nessa novela ao colocar como tema uma música do grupo Titãs.
Na música, nenhuma linha de sua letra se consegue tirar algo de poético, de aconselhável pra vida ou de apoio.
A letra da música faz menção discarada do Inimigo de nossas almas que deseja entrar em nossa casa (coração) e destruir tudo,
tirarem tudo do lugar (destruir a célula familiar e nossa fé).

A música chega ao absurdo de dizer que devemos voltar à mesma prisão, a mesma vida de morte que vivíamos.

Amados amigos, fica o alerta, às vezes nem nos damos conta do real propósito de uma novela, de um programa, de uma música, e como Jesus esta às portas, as coisas do mal estão cada vez mais evidentes e claras. Até os incrédulos estão percebendo que algo esta errado.

Aproveito para trazer ao conhecimento a letra dessa música, cuidadosamente escolhida pela Globo para servir de tema da dita novela; 
música de abertura da novela.
 

Vamos deixar que entrem Que invadam o seu lar
Pedir que quebrem Que acabem com seu bem-estar
Vamos pedir que quebrem O que eu construi pra mim
Que joguem lixo Que destruam o meu jardim
Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Vamos deixar que entrem Que invadam o meu quintal
Que sujem a casa E rasguem as roupas no varal
Vamos pedir que quebrem Sua sala de jantar
Que quebrem os móveis E queimem tudo o que restar
Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro O mesmo desespero
Vamos deixar que entrem Como uma interrogação
Até os inocentes Aqui já não tem perdão
Vamos pedir que quebrem Destruir qualquer certeza
Até o que é mesmo belo Aqui já não tem beleza
Vamos deixar que entrem E fiquem com o que você tem
Até o que é de todos Já não é de ninguém
Pedir que quebrem Mendigar pelas esquinas
Até o que é novo Já esta em ruinas

Vamos deixar que entrem Nada é como você pensa
Pedir que sentem Aos que entraram sem licença
Pedir que quebrem Que derrubem o meu muro
Atrás de tantas cercas Quem é que pode estar seguro?
Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro O mesmo desespero

Imaginem tudo isso entrando em sua casa... Isso tudo é uma maldição.
Quando você liga sua televisão, você abre uma janela para entrar em sua casa coisas boas ou ruins - isso é uma questão de escolha.
Imaginem nossas crianças cantando isso? Trazendo isso pra dentro do coração e da alma dela? Imaginem você cantando isso?

Tente imaginar de onde o compositor dessa pérola tirou inspiração para compôr tamanha afronta?

A palavra de Deus é clara quando diz; quem esta de pé, veja que não caia. e ainda; examinai todas as coisas, retende o que é bom.
Ai pergunto, parafraseando a própria Bíblia; pode porventura vir alguma coisa boa da Rede Globo?
Pense nisso, anuncie isso, faça conhecer, livre alguns dessa humilhação, dessa opressão, dessa falta de futuro, dessa cela de prisão..

quinta-feira, 11 de março de 2010

Na dúvida ... Não tome decisões

Existem pessoas que não conseguem tomar decisões com facilidade. Elas pensam, repensam e quando se decidem ainda respiram a sombra da dúvida. Se de uma forma geral é importante tomarmos cuidado com as escolhas que fazemos durante todo o percurso de nossas vidas, imagine para alguém que já tem dificuldade em fazer escolhas?

Alguns pontos importantes, se analisados antes de tomar uma decisão, podem ser de grande ajuda. A necessidade da reflexão passa a ser prioridade. Com sabedoria e discernimento pode-se ou não envolver uma retrospectiva de fatos. Uma atitude primordial para quem está aprendendo a decidir coisas é de que toda ação tem uma consequência.

É preciso não ser influenciável, ter certeza e convicção do que se quer, estar convencido da decisão tomada, e sempre pesar os prós e contras. Quando se trata de vida sentimental, a questão fica ainda mais séria. Pessoas que não conseguem decidir pelo sim ou pelo não, no tempo certo, muitas vezes perdem a bênção. Nesse quadro a oração e o jejum entram de forma bastante significativa na vida do cristão.

Decidir se vai ou não dar uma chance para uma pessoa entrar em sua vida, embora pareça algo fácil, não é. Mas nem por isso se justifica o medo de dar uma oportunidade a alguém para que ambos sejam felizes.

Já se ouviu muitas histórias de casais que aparentemente eram feitos um para o outro, mas o namoro não foi adiante. Por outro lado, casais que aparentemente não tinham absolutamente nada a ver um com o outro, hoje construíram uma família belíssima e feliz.

Na questão sentimental é preciso deixar um pouco a emoção de lado e agir com a ajuda do Espírito Santo. Somente Ele revela mistérios ao coração humano que o possibilita tomar decisões perfeitas em sua vida. Eis aí a importância de estar em harmonia com Deus em todo tempo.

domingo, 7 de março de 2010

Feliz Dia Internacional da Mulher

 

Mulher...

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

Pontes Caídas

 

Há alguns anos atrás, um certo jornal trazia uma história de
um motorista de caminhão. Em uma noite nebulosa ele
mergulhou com seu veículo no rio, caindo em um penhasco onde
deveria haver uma ponte bem familiar para ele.
Milagrosamente salvo, sem ferimentos graves,o caminhoneiro
saiu dos destroços e se arrastou pelo desfiladeiro acima,
até a estrada. Freneticamente ele agitava seus braços
tentando avisar aos outros motoristas sobre a queda da
ponte. "A ponte caiu, volte!" A maioria dos motoristas,
naquela noite de tráfego escasso, ignorou seus apelos
considerando- o um louco. -- para seu próprio mal.


Isso acontece com frequência nos dias atuais. Aqueles que já
experimentaram as armadilhas deste mundo, conhecem as
direções erradas que nele existem. Mas suas advertências são
ignoradas e seus avisos são ridicularizados. São chamados de
arrogantes por esforçar-se em mostrar o caminho certo.


Mas não devemos desanimar nunca. Cabe a nós deixar Deus
usar-nos para advertir aos caminhantes desta vida sobre os
perigos das pontes caídas. Mesmo que alguns não nos ouçam,
certamente muitos ouvirão... e se salvarão.


Quando o homem teima em seguir seus próprios caminhos, sem
se importar com os avisos de perigo, pode cair logo adiante
e nem sempre conseguirá se levantar para recomeçar sua
jornada. Deus nos adverte constantemente sobre as "pontes
caídas" que nos farão mergulhar nos rios de aflição e
angústia. Ele sempre envia alguém para nos alertar e, se não
estivermos sensíveis aos Seus sinais, poderemos perder
grandes momentos de alegria e regozijo que Ele nos tem
preparado.


Você está certo de que o caminho que segue tem uma ponte
para conduzir sua vida até à verdadeira felicidade?
 

Paradoxo do Nosso Tempo

 

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos
rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais
informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e
relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das
pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na
dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te
permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar
'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas

não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira( o)
e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...
se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao
seu lado, sempre.